Dependência química é uma doença crônica?

Entenda neste artigo o porquê a dependência química é uma doença crônica.

Os dependentes químicos são vistos por muitos como pessoas sem força de vontade, fracos, sem bom senso, etc. Contudo, quando entendemos que se trata de uma doença, também considerada um transtorno mental, nosso olhar muda.

Pois, o portador de um distúrbio perde o controle sobre o uso da substância, de maneira que sua vida passa a girar em torno dela, prejudicando todas as áreas de sua vida como espiritual, emocional e física, todas vão se deteriorando de maneira séria.

Diante de tamanho desafio, as pessoas precisam de tratamento adequado, no qual possam contar com ajuda de profissionais capacitados para lidar com tal situação.

Mas, afinal! O que são doenças crônicas?

Doenças crônicas são aquelas que iniciam de maneira gradual, possuem longa duração ou duração incerta, de maneira geral, apresentam inúmeras causas e seu tratamento envolve mudanças na rotina diária, com cuidados contínuos, porém, que não levam a cura. 

Logo, as doenças crônicas são causadas por motivos diversos, como predisposição genética, alimentação inadequada, sedentarismo, drogas, entre outros.

Isso ocorre porque as drogas provocam no corpo sérias alterações, fazendo com que este deseje cada dia uma quantidade para surtir os mesmos efeitos iniciais, com isso, o corpo, principalmente o cérebro passa por sérias modificações.

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Efeitos das drogas no Sistema Nervoso Central – SNC  

Cada droga age de maneira distinta no organismo, desencadeando uma série de problemas, por exemplo, existem três tipos de drogas e cada uma altera uma parte do cérebro, relaxando, acelerando ou reduzindo a velocidade.

Depressoras: desliga a pessoa, reduz a tensão emocional, concentração, capacidade intelectual e atenção. Essa redução na atividade cerebral tende a deixar o dependente químico sonolento, como se estivesse embriagado em até mesmo em coma.

As drogas depressoras são os soníferos (barbitúricos), os tranquilizantes (ansiolíticos), o álcool, os calmantes (sedativos), a morfina, o ópio, os xaropes, os inalantes (tina, cola, removedores) e gotas para tosse.

Estimulantes: Aceleram o funcionamento do cérebro, gerando eletricidade, a pessoa tende a ficar “ligada”. As drogas que provocam essa alteração são a anfetamina, nicotina e cocaína, normalmente inibem a sensação de fome, sono e cansaço, produzindo excitação e ansiedade.

Alucinógenas: também conhecidas como perturbadoras. Essas drogas modificam o ritmo cerebral, fazendo com que esse funcione de maneira anormal. A partir das alterações provocadas pela droga, a pessoa tem visões (alucinações) e delírios.

Os principais alucinógenos são a maconha, o LSD 25 e o ecstasy.

Outra droga que altera o SNC são os esteróides anabolizantes, consumidos com o objetivo de proporcionar maior força muscular. Eles apresentam o risco de hipertensão, impotência, calvície, tumores no fígado e ataques cardíacos.

Dependência química é uma doença crônica

A dependência química ocorre devido às reações químicas que ocorrem no corpo, as quais podem ser desencadeadas por qualquer droga, seja essa lícita ou não.

Caso o organismo tenha pré-disposição genética, então, a dependência químicaocorre de imediato, se tornando em consequência em uma doença crônica.

Logo, a dependência química se torna a porta de entrada para a instalação da doença no organismo, provocando uma predisposição física e emocional no corpo para a dependência.

Dessa forma, a progressão da doença ocorre devido ao uso contínuo da substância, a qual precisa ser retirada o quanto antes para não ocorrer a piora no quadro da doença crônica.

Por ser uma doença crônica incurável, uma vez que a pessoa se torne dependente químico, ela sempre será um dependente químico, estando ou não em recuperação, consumindo ou não alguma droga.

Contudo, embora não exista cura para a doença, existe a possibilidade de obter êxito no tratamento, sendo este contínuo.

Desse modo, mesmo que a pessoa tenha adquirido uma doença crônica pelo uso de drogas, mesmo assim, é possível que o dependente químico se empenhe no tratamento, vivendo muito bem sem o consumo da substância e suas consequências de seu uso constante.

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Consequência da doença crônica provocada pelas drogas

Os mais afetados são os familiares, ou seja, os mais próximos ao dependente químico, os quais se tornam co-dependentes do problema. 

Desse modo, os familiares tendem a adoecer por conta do convívio, precisando de tratamento e orientações para saber como lidar da melhor maneira com o dependente químico, assim como lidar com seus próprios dilemas pessoais causados pelas circunstâncias.

No que se refere a manifestação física da doença crônica, o organismo passa por profundas modificações, logo, todo o metabolismo se altera quando o uso da substância acaba.

Essas mudanças no organismo obrigam o usuário a consumir mais, caso contrário ele passa por uma “síndrome de abstinência”, a qual se manifesta com vários sintomas que variam conforme a droga e tempo de dependência.

Logo, a nível psicológico essa doença causa uma sensação de satisfação, essa força psíquica faz com que a pessoa busque continuamente essa satisfação inicial, sempre evitando mal estar provocado pela ausência da substância no organismo.

Na ausência da substância, o dependente químico fica apático, em um estado psicológico lastimável. Quando privados, eles alteram o comportamento, pois são dominados por uma vontade irreprimível de consumir drogas. Desse modo, o mundo do dependente químico gira em torno da droga.

O que fazer quando ocorre uma doença crônica provocada pelo uso de drogas?

O primeiro passo sempre vai ser procurar ajuda, pois, embora a família busque dar apoio a amor, mesmo assim, existem inúmeros desafios vivenciados no interior de um dependente químico.

Como vimos, não basta apenas a decisão, embora decidir seja o primeiro passo, mesmo assim, existe uma luta no corpo e na mente, pois, os mesmo desejam freneticamente o consumo da droga, enquanto a consciência luta para se ver livre do vício.

Diante disso, o melhor é contar com uma rede de apoio especializada, como uma clínica de reabilitação composta por multiprofissionais qualificados para lhe ajudar a vencer esse desafio.

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