Drogas que causam esquizofrenia: quais são?

Neste artigo sobre “Drogas que causam esquizofrenia: quais são?”, iremos abordar de maneira mais profunda a consequência do uso de drogras na vida de qualquer pessoa e como elas podem colaborar para a vivência de quadros como o da esquizofrenia.

Como todo mundo sabe, o envolvimento com drogas já traz consequências desfavoráveis ao organismo.

Nesse sentido, várias são as pesquisas que buscam relacionar o desenvolvimento de doenças mentais associadas ao uso de drogas.

Já se tem evidencias que o uso dessas substancias pode aumentar de maneira gradativa a chance de desenvolver precocemente transtornos psíquicos.

Dentre as doenças existentes, a esquizofrenia quando ligada as drogas, preocupa os profissionais da saúde e as pessoas que estão envolvidas com dependentes químicos.

Em muitas situações, por falta de atenção e de buscar um tratamento precoce, a doença chega a um nível crítico, forçando a internação compulsória do paciente esquizofrênico e dependente químico.

O que é esquizofrenia?

Antes de mais nada, é importante entender do que se trata essa doença em questão para depois saber a relação dela com as drogas.

Tratando-se de um transtorno de caráter psiquiátrico que se dá pelo desequilíbrio químico dos mecanismos cerebrais, não está relacionado ao desencadeamento de múltiplas personalidades.

Contudo, a doença é algo mais complexo e é comum causar delírios, distorção da realidade, alucinações, alteração de comportamento e muitos outros sintomas.

Por isso, é importante sempre estar atento e buscar ajuda profissional o mais rápido possível quando começar a perceber alguém com os sintomas.

Drogas que aumentam risco de desenvolver esquizofrenia

Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que há o entendimento de que as condições genéticas e a má nutrição do feto durante a gestação são fatores de risco.

No entanto, com os estudos que veem sendo realizados, apresenta-se como fator de influência do desenvolvimento do transtorno, o uso de drogas.

Conforme um estudo realizado na Dinamarca, o consumo de substâncias tóxicas aumenta em até seis vezes o risco de desenvolver a doença.

Além disso, o experimento mostrou que a maconha aumenta as chances em mais de 5 vezes, ficando à frente do álcool que pode aumentar mais de 3 vezes.

Essas drogas estão entre as mais usadas pelos brasileiros, como pode ser observado em nosso artigo “Quais drogas mais usadas no Brasil”, vale a pena conferir.

Ainda, foi observado que as drogas alucinógenas, os sedativos e anfetaminas, podem estar associados a maior probabilidade de vir a ter o transtorno.

É claro que não devemos generalizar, há quem já seja predisposto por outros fatores, mas é preciso prevenir e estar atento.

Não podemos negar que a maconha é droga que mais deve ser evitada por quem tem a doença, conforme o estudo feito, ela pode desencadear em pessoas que já tem propensão.

De acordo com o psiquiatra Alexandre Proença, o uso eventual de drogas não desencadeia a esquizofrenia, porém favorece o desenvolvimento em pessoas com vulnerabilidade.

Dessa forma, mais uma vez reforçamos a necessidade de evitar o uso de substâncias tóxicas e conhecer as consequências que podem existir.

O consumo de droga pode agravar surtos de esquizofrenia!

Em situações que a pessoa já foi diagnosticada com o transtorno esquizofrênico, ela deve se abster de fazer uso de drogas e álcool.

Caso contrário, é possível que o tratamento seja prejudicado e os sintomas fiquem mais acentuados.

Infelizmente, é comum pacientes esquizofrênicos que fazem uso de drogas e isso piora o prognostico da doença, incidindo no aumento do número e gravidade das crises.

Além disso, o tempo de internação costuma ser necessariamente maior, não há adesão por parte do paciente ao tratamento e ele ainda pode desenvolver um comportamento agressivo.

Para evitar que a condição do paciente piore, é fundamental uma rede de apoio que ajude no combate ao uso de drogas e um tratamento com profissionais especialistas.

Como é o tratamento de esquizofrenia em usuários de droga

É fato que nem a esquizofrenia, nem a dependência química, possuem cura, o tratamento consiste em uma eterna vigilância e controle.

O tratamento da dependência se dá pelo empenho em buscar parar de consumir drogas e evitar recaídas, ou seja, trata-se de uma reabilitação.

Já o processo de tratamento do transtorno psíquico, exige especialistas para passar a medicação adequada, terapia e acompanhamento constante.

Sendo assim, o tratamento de um dependente esquizofrênico é bem delicado e requer uma equipe bem preparada, clínica especializada que tenham psiquiatra, mentores e psicólogos.

Tipos de esquizofrenia

Você sabia que existem diferentes tipos de esquizofrenia? Muitas vezes as pessoas generalizam e não sabem que essa doença tem variações que devem ser consideradas.

Para evitar que haja confusão, vamos falar um pouco sobre cada tipo para que você conheça sobre eles.

Considera-se importante considerar que mesmo nos diferentes tipos, as drogas podem vir a ser um grande problema e por isso devem ser evitadas.

1.     Esquizofrenia simples

Nesse caso, a pessoa apresenta mudanças na personalidade, opta por ficar mais isolado, pode se tornar insensível em relação a questão afetiva.

Outra característica comum é o paciente ficar disperso diante dos acontecimentos do dia a dia.

2.     Esquizofrenia paranoide

Esse tipo da doença é quando o paciente apresenta quadro de delírios, sua fala pode ficar confusa e pode apresentar falta de emoção diante dos acontecimentos.

São os casos em que o paciente diz estar sendo perseguido pelas pessoas ou por espíritos.

3.     Esquizofrenia catatônica

Quando o paciente apresenta o diagnóstico de esquizofrenia catatônica, o sinal mais comum é a apatia.

Dessa forma, quem tem esse tipo de transtorno, costuma ficar por horas na mesma posição e isso acaba afetando a atividade motora.

4.     Esquizofrenia desorganizada

Também conhecida como “esquizofrenia hebefrênica”, o quadro comum entre os pacientes é apresentar comportamento infantil, pensamentos sem uma ordem lógica.

Além disso, os pacientes que se enquadram nesse tipo podem demonstrar respostas emocionais não condizentes as situações vivenciadas.

5.     Esquizofrenia indiferenciada

Essa categoria, abrange os pacientes que não se enquadram corretamente dentro de alguma outra, no entanto, apresentam algum dos sintomas característicos.

6.     Esquizofrenia residual

Nesse caso, assim como nos demais, ocorre a alteração no comportamento do paciente, nas emoções e em seu convívio social.

Porém, é chamada de “residual” porque a frequência em que ocorre, é menor que nos demais tipos.

Este artigo foi útil para você? Se sim, aproveita para conferir nosso artigo “Internação compulsória”.

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