A internação psiquiátrica é um tipo de tratamento para casos mais graves de saúde mental. Há muito tabu acerca do assunto, onde muitas pessoas pensam que tal caminho é somente para quem é dado como “louco”.
Isso dificulta a aceitação – não só por parte do próprio paciente, mas dos familiares em muitos casos – e entender melhor sobre o assunto é fundamental para que você veja que a internação é uma medida necessária.
Se você ou algum conhecido próximo está passando por problemas psiquiátricos, veja se a internação pode ser cogitada ou não.
O que é internação psiquiátrica?
A primeira coisa que devemos deixar clara aqui é a respeito da internação psiquiátrica. Essa é uma forma de tratamento de pacientes que apresentam dependência química (droga, álcool, remédio…) ou transtorno mental.
Pode ser considerada radical e bem difícil, principalmente quando o paciente está em estados avançados, mas é uma forma de tratar a crise e evitar que o indivíduo coloque a sua ou qualquer outra vida em risco.
O intuito é que o paciente fique internado e sob observação 24 horas por dia, com tratamentos que podem envolver medicamentos, terapia, auxílio psiquiátrico, alimentação especial e assim por diante.
Como funciona
A internação psiquiátrica pode ser definida pelo médico ou até mesmo com incentivo da família. Os profissionais da área são realmente as pessoas mais habilitadas para destinar o paciente para uma internação ou não.
Considerando que pode ser uma experiência muito traumática para muitas pessoas, isso deve ser feito com muita cautela e cercado de bons profissionais. É um modelo de amenizar a situação e influenciar no tratamento mais eficaz.
A quem recorrer
Como já dito anteriormente, é muito importante ter toda uma equipe profissionalizada para cuidar da internação psiquiátrica.
Se você não sabe como proceder caso você mesma identifique a necessidade de internação em alguém, encaminhe o indivíduo para o hospital. O médico e toda a equipe responsável irá direcionar o tratamento.
É importantíssimo que ninguém tente medicamentos e tratamentos por conta própria. Isso pode agravar o caso e tornar tudo isso irreversível. Sendo assim, em caso de qualquer suspeita, entre em contato com os profissionais.
A internação psiquiátrica é um momento muito delicado e é totalmente normal não saber como proceder com ela. Por parte do paciente, é preciso ter calma e força de vontade.
Quanto mais o indivíduo se dedicar e aceitar o tratamento, maiores são as chances de ele sair de lá rapidamente.
Por parte da família e amigos, dar uma rede de apoio sem julgamentos é fundamental para que o paciente sinta que não está sozinho.
Nessas situações, a mente tem grande peso no tratamento e deve estar o mais em paz possível.
Quais são os tipos de internação?
Não há apenas um tipo de internação psiquiátrica. Muitos pensam que consiste em apenas um procedimento compulsório, como você vê nos filmes, mas não é bem assim. Veja as categorias:
Internação voluntária
A internação voluntária é quando o próprio paciente identifica as suas fraquezas e decide tratá-las. É, sem dúvida nenhuma, uma forma menos traumática de lidar com tudo isso.
As chances de recuperação também são bem altas, visto que o indivíduo já está bem aberto para a sua recuperação.
Internação involuntária
É uma intervenção de complexidade mediana, podemos assim dizer. Nesses casos, o paciente não tem condições de opinar ou não por uma intervenção. Os médicos e família decidem por este tratamento.
Internação compulsória
Já a internação compulsória é um passo além, quando a própria Justiça decide que o indivíduo necessita da internação psiquiátrica. Isso pode ser determinado quando o paciente apresenta algum perigo à sociedade.
Posso visitar o paciente internado?
Sim, a internação psiquiátrica permite visitas. Inclusive, elas são realmente importantes para o tratamento do paciente.
Mostrar que a pessoa tem uma rede de apoio que se importa é fundamental para amenizar todo esse período traumático. Ver pessoas queridas também impulsiona a vontade de sair de lá e, consequentemente, se dedicar mais ao tratamento.
Sobre a frequência e forma com que essas visitas são feitas, isso depende muito do estado do paciente e motivo pelo qual ele foi internado.
Quanto mais crítico estiver o estado, mais reclusas e exclusivas serão as visitas. Com o passar do tempo e a consequente melhora do paciente, mais flexíveis e próximas ficam essas visitas.
É muito importante conversar com o médico, psicólogos ou terapeutas sobre como proceder nessas visitas para ajudar o paciente. Algumas vezes esses episódios pioram o indivíduo porque família e amigos não sabem lidar.
Então, se você realmente quer ajudar alguém em internação psiquiátrica, entenda realmente o seu quadro, seja empático e busque trazer tranquilidade para a mente desta pessoa, pois ela está precisando!
Quais são os motivos de internação psiquiátrica
Há diversos motivos que podem levar o médico, família ou próprio paciente a direcionar para uma internação.
Hoje em dia as complicações mentais são cuidadas de forma bem mais esclarecida, o que ajuda na indicação do tratamento.
Em sequência você pode conferir quais são os quadros clínicos de gatilhos mais comuns para internação psiquiátrica:
Síndrome do Pânico
Esse transtorno está relacionado à ansiedade e pode acometer qualquer tipo de pessoa. Caso não seja tratado no início, as complicações podem ser graves e o tratamento bem mais complexo e demorado.
Psicose
A psicose é uma condição grave, onde o paciente perde a noção da realidade. Aqui, as alucinações não são incomuns e, como você pode imaginar, isso promove ao indivíduo consequências negativas.
Depressão e ansiedade
Depressão e ansiedade são os males do século XXI. Quando ocorrem de forma intensa podem acarretar efeitos colaterais gravíssimos e muitas vezes a internação é recomendada.
Suicídio
O suicídio também exige a internação em muitos casos para garantir que o paciente não venha a cometer a tentativa novamente.
A internação psiquiátrica pode ser recomendada ou obrigada por vários motivos, sendo necessário um diagnóstico médico. Mas, lembre-se: familiares e amigos precisam desenvolver uma rede de apoio para ajudar o paciente.